Leia um trecho do livro
Introdução
Sobre Ela... Escrevinhadeira
Ela tem a alma doce e quase sempre é sua alma que dita regras, que comanda tudo.
Dizem que é da alma feminina o sentir, sempre e muito, tudo! Talvez por isso ela tenha o “sentir’ tão latente, sempre muito e além do “ser”.
Ela se alimenta da força desse “sagrado feminino” que nutre e traz dentro de si para sobreviver e sobreviveu e sobrevive...
Ela é um tanto reservada e delicada também, mas sabe ser firme quando quer, quando vale a pena, quando é preciso.
Ela acredita no poder da fé, na luz interior, em sonhos, em recomeços. Muito em recomeços!
Ela diz o que pensa quase sempre, quase... porque nem sempre, falar, em sua opinião, soma ou é útil. Mania dela ou um direito que aprendeu a se dar.
Ela silencia quando dói, grita quando é ferida e bem cedo aprendeu com a vida a calar diante da ignorância.
Ela não entende a maldade do preconceito, do abandono e da injustiça e não se conforma com atitudes assim vindas de um “ser humano”.
Ela tem defeitos que não revela, porque defeitos não são bonitos e os dela estão guardados em algum canto da alma. Só vê quem passa por lá. E só passa por lá quem ela permite, quem ela deixa cruzar pela soleira da porta que está sempre entreaberta. E ela valoriza demais quem entende e “respeita” os sinais.
Ela traz a armadura sempre polida, mas descansando... coisa de quem é da paz.
É otimista, espera todo dia o melhor, coisa de quem nutre a esperança.
Ainda acredita na força que tem o dar as mãos, crê no afeto e na amizade verdadeira conquistada com o tempo, com verdade e reciprocidade.
Ela rebusca palavras para falar de sentimentos, sem pretensão, olha e vive apenas o presente, talvez aí um defeito, sem querer revelado.
Ela rabisca silhuetas, pinta o dia a dia da cor que seu coração manda, recorta as dores, cola bilhetinhos com palavras que curam por todos os lados e lê...
E escrevinha... porque escrevinhar é para ela voar para dentro de si, é escrever livremente, do seu jeito, e ela ama descansar as asas nesta liberdade.
É uma apaixonada pelas reticências, nas palavras, na vida... Reticências para ela é uma metáfora do tempo, de se dar tempo, de ver passar o tempo. É como silenciar para sentir, então... para ela é quase que impossível não usá-las.
Ela reserva um lugar arejado e iluminado no peito para os sonhos e os amigos que chegam.
Acredita na vida, na simplicidade, em encontros bonitos, no amor.
E porque acredita não desiste, insiste, vive, simplifica, encontra, ama...
Ela é Escrevinhadeira e a “Escrevinhadeira” é o lado transparente de sua alma, de sua essência, doce.