Leia um trecho do livro
Introdução
“Poesia numa hora dessas?!”questionaLuiz Fernando Veríssimo, citado na apresentação dessa obra. Respondo dizendo que poesias sempre são bem-vindas.
Poesia é protesto, paixão, descontentamento, e aquilo que se lê mesmo sem estar escrito. São respingos de inteligência em um mundo tão escasso de trabalhos que levem o leitor a pensar, a interpretar as possibilidades de se fazer diferente.
Em “Chuveiro de versos” os poemas são bem trabalhados, com qualidade e inspiração.
Nosso autor queria ser advogado para defender o Direito, a Verdade e a Justiça, e ser Presidente da República. Em seu livro de Memorias - anotações em meu Diário revela o seu lema: Hei de Vencer ! Vilson Ferreto atravessou o tempo defendendo, buscando a verdade em uma caminhada de luta e superação sem deixar de olhar além e poetizar a vida. Para tanto a poesia foi e é ferramenta imprescindível na mudança de um estado de insatisfação diante da realidade.
Na poesia de Vilson o cotidiano tem luz, o amor renova-se, os acontecimentos políticos, que embora escritos a algum tempo, hoje revelam-se atuais na linha do tempo.
“Que um povo meu, já em tétrica mortalha,
Possa ainda sentir do abutre a garra,
Dos corvos e milhafres... Louca farra !...
Seus corpos que esfaçam-se em migalhas”.
Do festim das rapinas, em fanfarra,
A Pátria, moribunda, se agasalha.
E o poeta, enlouquecido, então gargalha
Da sina dos Heróis que a História narra.
“Chuveiro de versos”estava aguardando a coragem que só o tempo traz, aguardando o tempo certo para nascer, e chega “a tempo” de nos lembrar que precisamos de: "Vivências, sonhos, esperanças, desejos, promessas, lutas intestinas, distúrbios emocionais, amor e paixão..."
A Editora Viapampa é honrada em publicar mais um título do autor sob o seu selo. Este livro foi organizado em capítulos: versos cotidianos; poemas de amor e solidão; versos dispersos e outros escritos, conforme a orientação de seu autor, tornando confortável a leitura.
A todos um banho de poesia, boa leitura.